Pensa comigo: desde que você se entende por gente, quantas companhias aéreas você viu falir? Varig, Vasp, Transbrasil, Avianca, Pan Am, TWA... A lista é enorme. Acho que aviação deve ser um dos piores negócios do mundo. Mas sorte que tem uns malucos que gostam de sofrer, porque senão a gente simplesmente não teria mais avião.
Pior que, diferente de outras tantas indústrias, que se aprimoram e ficam mais confortáveis, voar de avião parece que fica cada dia mais desagradável. A gente vê fotos dos passageiros nos aviões dos anos 50, comendo verdadeiros banquetes em poltronas largas de couro, e se pergunta onde foi que erramos (todos nós, enquanto civilização). O meme é inevitável.
Aqui no Brasil começamos a sentir na pele agora uma transformação que já está em curso na Europa há décadas: o cinto cada vez mais apertado dos passageiros. Não o de segurança, o de serviços mesmo. 2 malas despachadas? Nem pensar! 1 só, isso se tiver. Reservar assento? Só com uma taxinha. Comida? Talvez. E assim eles vão cortando os poucos agrados que fazem as longas viagens de avião minimamente decentes. Todo benefício agora tem um preço.
O serviço espartano, que antes era restrito às empresas low cost, agora já virou o padrão até para as grandes. E as mudanças todas nas regras que vieram com promessa de preços mais baixos ainda soam como conto de pescador. Classe média sofre!
E mesmo assim, as companhias aéreas seguem quebrando por todos os lados. E vira e mexe volta esse assunto de existirem até vôos com gente em pé, como se fosse um metrô na hora do rush. Já falaram até das fileiras com 5 poltronas. Não gosto nem de pensar no que o futuro da aviação vai ser, mas o prognóstico não é bom. (E calma, parece que o vôo em pé não deve rolar tão cedo.)
Nem tudo são trevas. Designers estão trabalhando duro para achar uma solução para um dos maiores problemas da aviação: o assento do meio. Quem senta no meio não tem vista da janela, apoio para a cabeça, acesso ao corredor, e ainda tem que se digladiar pelo apoio de braço dos dois lados. Com esses novos assentos, a pessoa do meio pode mover sua poltrona alguns centímetros para trás, e assim ganhar um pouco mais de espaço e apoio para os cotovelos. A novidade deve chegar aos vôos comerciais no ano que vem. Vamos acompanhar.
Nesse meio tempo, lembre-se: se você fizer parte do seleto grupo da business class, e nem lembrar como é sentar lá com a turma do fundão, você é privilegiado, sim! E essa newsletter não é para você.
Ultra Low Cost
Antes de reclamar, lembre-se que agora temos uma companhia aérea que se auto-intitula ultra low cost. Para voar na FlyBondi, você pode ter que pagar até pelo check-in.
460 passageiros
Já lá na Ásia, a companhia Cebu Air está testando tirar banheiros e cozinhas para acomodar mais poltronas no mesmo avião. Já pensou?
Um pouco de diversão
Ta bom, falar sobre como ficou desconfortável viajar não é a coisa mais divertida do mundo. Então vamos fazer o que a gente faz de melhor para desanuviar: dar risada com memes de aeroporto.
Enquanto isso no Chicken or Pasta...
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